segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

não espere muito

Eu nunca gostei de balanças mesmo. Mas vem sendo impressionante a dificuldade que encontro em colocar as coisas nela. Aquele artifício bobinho e que às vezes até funcionava de colocar de um lado o que é bom e do outro o que é ruim. Daí o lado mais pesado se releva. Dependendo do resultado em quilos, você junta tudo. Pesou o que era bom? Segue o ritmo, continua a caminhada. Pesou o ruim? Joga tudo no lixo, aniquila, dá beijotchau. É fácil na teoria. Difícil é quando os quilos são referentes às chateações ou prazeres. Quando as questões são de cunho emocional e o nome dessa feirinha maluca é a tua vida. E todas as vezes que eu reuno os itens pra colocar no pratinho referente ao lado ruim, bate mais forte o lado esquerdo do peito e eu me vejo escondendo um monte de defeitos e problemas dentro da sacola. Sem nem ao menos pesar! E é um pesar mesmo. Porque a única que sai perdendo aqui sou eu. Levo pra casa um monte de coisas estragadas, podres e que todo mundo sabe que só presta se manter refrigerado. Tudo por medo! Presa a um passado que realmente foi lindo mas que está com o prazo de validade vencido. Que já não consegue alimentar sonhos, que deixa planos pra trás, desnutridos. Vou me enganando. Reconhecendo cada detalhe que provam que o fim é inevitável e passando por ele às cegas. É a promoção do leve 4 esponjas e ganhe um sabão em pedra. Não vale a pena mas você finge que está fazendo um grande negócio. Mostra para as vizinhas orgulhosa mas se pergunta o que vai fazer com tanta esponja ao guardar no armário. No meu caso, o que difere é o armário vazio. Sem entusiasmo, largado ao pó e sem cuidados. Me vejam 10 kg de coragem, por favor?

Um comentário:

  1. genteeee....tu escreveu pra mim isso..nossa, preciso mto fazer uma limpa em minha vida,jogar fora aquelas comidas que estao no refrigerador estragando! 2012 vem ai com coisas novas!

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